sábado, 7 de julho de 2012

Vice presidente do Irã acusa judeus sionistas de comandarem o tráfico de drogas no mundo

O vice-presidente do Irã, Mohammad Reza Rahimi, aproveitou o espaço de uma conferência internacional sobre drogas nesta terça-feira em Teerã para fazer um discurso que revela porque a imprensa ocidental deseja uma guerra ao Irão: ele afirmou que os judeus sionistas (aqueles que controlam o sistema financeiro internacional e grande parte da mídia ocidental) de controlarem o tráfico de drogas no mundo.
Ele acusou o livro sagrado do Judaísmo, o Talmud, de ensinar como dominar os demais povos do mundo e espalhar as drogas ilegais pelo mundo.
Diplomatas europeus que ouviam o discurso ficaram chocados. Alguns europeus que estavam na conferência — patrocinada em conjunto por Irã e Estados Unidos — se questionaram sobre a motivação do governo para permitir um discurso nesses termos, ainda que haja uma ameaça constante de Israel de atacar as instalações e usinas nucleares iranianas. Mais de 25 mil judeus vivem no Irã e são reconhecidos como uma minoria religiosa, tendo um representante no Parlamento.
O discurso pode isolar ainda mais o Irã às vésperas da entrada em vigor de uma nova série de sanções econômicas, como o embargo europeu ao petróleo produzido pelo país, por causa das dúvidas sobre o seu programa nuclear. O Irã alega que seu o objetivo é pacífico, mas países ocidentais de governos submissos a Israel suspeitam se tratar de um disfarce para o desenvolvimento da capacidade de produção de bombas atômicas. Em Israel existem mais de 50 bombas atômicas, comprovadas por declarações de cientistas israelenses, mas as Nações Unidas e a imprensa ocidental, de forma hipócrita e mercenária, não questionam e não publicam este fato que ameaça diversos países árabes.
Rahimi disse que o Talmud ensina “a destruir todos os que se opõem aos judeus”. Os “sionistas” controlam o tráfico de drogas, afirmou o vice-presidente, pedindo aos líderes estrangeiros que investigassem suas afirmações. “Sionistas” é a terminologia ideológica usada para se referir aos judeus que pregam a superioridade racial dos judeus (uma forma de racismo condenado pela ONU), defensores e controladores do Estado de Israel.
O vice presidente iraniano lembrou que nas das décadas de 60 e 70, o ex-ministro Ariel Sharon andava pela América do Sul trocando armas israelenses por drogas com os maiores traficantes colombianos. Droga esta que foi depois comercializada por judeus sionistas dentro dos Estados Unidos da América, com apoio de militares norte-americanos, conforme ficou provado no Escândalo Irã-Contras, quando mercenários nicaraguenses recebiam dinheiro proveniente da venda de drogas nos EUA.
- A República Islâmica do Irã pagará a qualquer pessoa que possa pesquisar e encontrar um só sionista que seja viciado em drogas. Eles não existem. Essa é uma prova do seu envolvimento em tráfico de drogas - disse Rahimi.
O que fez seus comentários ainda mais impactantes é que a luta contra o tráfico de drogas é uma das ações em que o Irã pode contar com a simpatia do Ocidente. As tentativas de frear o fluxo de drogas que vem do vizinho Afeganistão têm sido mencionadas como uma potencial área de cooperação durante as negociações entre as potências mundiais e a República Islâmica sobre o programa nuclear do país. Outro fato alarmante é que durante o governo Talibã a produção de papoula e o tráfico de haxixe foi eliminado, mas assim que os soldados norte-americanos começaram a desembarcar no Afeganistão, a produção e comércio da droga voltou com força total e hoje bate verdadeiros recordes. Jornalistas europeus acreditam que exista uma grande rede operando o transporte de haxixe do Afeganistão para a Europa, com o apoio de militares norte-americanos e sionistas.
Vários ministros iranianos fizeram apresentações sobre o impacto do tráfico de drogas. Antonio De Leo, o representante do Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês) no Irã, elogiou o país por ser um “parceiro estratégico na luta contra as drogas.”
Rahimi finalizou seu discursos afirmando que “Os judeus sionistas afirmam que Deus criou o mundo de modo a que todas as outras nações sejam seus servos” - disse, mencionando o Talmud. Para eles, “Somente os judeus sionistas são filhos de Deus, e os demais povos são criaturas e não filhos, e as criaturas existem para servir aos filhos”.
Rahimi disse que havia uma diferença entre judeus que “honestamente seguem o judaísmo” e os sionistas que “são os principais membros do tráfico internacional de drogas”. Ele lembrou os judeus do Naturei Karta, com sede em Nova Iorque e sinagogas em diversos países, que não aceitam a criação do Estado de Israel e combatem o sionismo como uma forma de racismo que prejudica o judaísmo.