quarta-feira, 19 de outubro de 2011

I Reunião do Comitê de Negociações MERCOSUL-Palestina - Comunicado Conjunto


Delegações do MERCOSUL e da Palestina reuniram-se em Ramalá, nos dias 16 e 17 de outubro, com o objetivo de avançar substancialmente na finalização de um Acordo de Livre Comércio. A delegação palestina foi chefiada pelo Dr. Hasan Abu Libdeh, Ministro da Economia Nacional, e a do MERCOSUL pela Senhora Valeria Csukasi, Diretora de Integração do Ministério das Relações Exteriores do Uruguai.
A negociação desse Acordo reflete o apoio dos países do MERCOSUL a uma Palestina independente e economicamente viável, coexistindo em paz com todos os seus vizinhos.
Durante a reunião, os dois lados revisaram o projeto de Acordo de Livre Comércio entre o MERCOSUL e a Palestina e coincidiram no objetivo de assinar o Acordo durante a Cúpula do MERCOSUL, a realizar-se em Montevidéu, em dezembro de 2011. O lado palestino anunciou que o Presidente Mahmoud Abbas comparecerá à Cúpula.
Os dois lados reconheceram a importância de aperfeiçoar as relações comerciais e econômicas entre o MERCOSUL e a Palestina, bem como de compartilhar experiências em matéria de desenvolvimento econômico e de cooperar na área de capacitação.
O Dr. Abu Libdeh destacou que a conclusão desse Acordo com os membros do MERCOSUL, a quinta maior economia do mundo, é muito importante e contribuirá para a construção institucional na Palestina.
A Presidência do MERCOSUL expressou reconhecimento pela hospitalidade do lado palestino e sua contribuição para o resultado exitoso da reunião.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Lobby sionista nos EUA por trás da acusação contra o Irã


Agência de Notícias de Ahlul Bait (ABNA) — "Apesar da impertinência e da falsidade da afirmação, não se deve descartar a influência do poderoso lobby judeu sionista nesta nova ofensiva e complô contra o Irã", disse o analista político Ismaíl Salami.
O analista político chegou a dizer que essa medida é parte de uma manobra dos EUA, que pretende novamente satanizar o Irã
Nesta terça-feira, o Departamento de Justiça dos EUA acusou o governo do Irã de participar de um complô para assassinar o embaixador do Reino da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, em Washington, com a suposta ajuda de um membro do cartel de drogas mexicano.
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, exortou as outras nações a unirem-se aos EUA na condenação a “esta ameaça à paz e a segurança internacional”.
Salami descreveu as observações feitas por Clinton como comentários que buscam reforçar a “iranofobia” no mundo.
As últimas acusações procedentes dos EUA, um incondicional aliado de Israel, que nos últimos anos tem idealizado e financiado numerosos complôs contra o Irã, incluindo o assassinato seletivo de cientistas iranianos.
O ex governador de Minnesota, Tm Pawlenty, admitiu os complôs nascidos no Ocidente contra o Irã, elogiando o governo dos EUA por suas “boas obras” no assassinato de cientistas iranianos.
O analista explicou que o governo norte-americano tenta utilizar a denúncia – um factóide – para pressionar a comunidade internacional para adotar novas sanções contra o Irã.
Referindo-se ao histórico de complôs encobertos pelo governo dos EUA e Israel no Irã, Salami afirmou que o governo imperialista e a entidade sionista cometeram atos incríveis de terror contra a nação iraniana ao longo das últimas décadas.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Israelenses incendeiam mais uma mesquita na Palestina


Colonos israelenses (na maioria estrangeiros) atearam fogo a uma mesquita (igreja muçulmana) nesta segunda-feira na aldeia de Alta Galiléia, na Palestina ocupada.
O atentado terrorista faz parte da campanha criminosa levada a cabo pelo governo israelense para ocupar os territórios palestinos com colonos estrangeiros, na maioria sectários, radicais sionistas, em resposta à decisão da Autoridade Palestina de submeter o reconhecimento do Estado Palestino na ONU, onde conta com o apoio declarado da esmagadora maioria dos países.
Tentando fingir descontentamento com mais um ato terrorista por parte dos israelenses, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que condenava a ação dos colonos israelenses que incendiaram a mesquita, destruindo livros sagrados e pichando as paredes com palavras ofensivas aos árabes. Ataques desse tipo tem sido frequentes,tendo sido realizados recentemente em mesquitas na Cisjordânia.
A líder da oposição, Tzipi Livni, disse hoje que o ato covarde deve ser condenado. "Incendiar mesquitas contradiz os valores de Israel como Estado judeu", disse ela. "Tais incidentes graves nos obriga a realizar um auto-exame nacional." As palavras de Netanyahu e Tzipi não passam de hipocrisia, golpe de mídia para tentar minimizar os efeitos do fato junto à opinião pública mundial, acostumada a assistir quase que diariamente ações desse tipo por parte dos israelenses.

O árabe-israelense Ahmed Tibi MK (Ra'am Ta'al) respondeu furiosamente ao ataque, dizendo: "quem não parar este crescimento canceroso de queimar mesquitas nos territórios ocupados não deve se surpreender se esse tipo de câncer se espalhar também em Israel."

Tibi declarou que o ataque não pode ser considerada parte da política de Estado israelense, mas deve ser encarado como o trabalho de terroristas judeus. Ele disse que osautores do ataque devem ser levados à justiça: "Devemos manter nosso repúdio a mais este ato terrorista por um lado, e por outro lado, reconstruir a mesquita o mais rápido possível."

Meretz Zehava Galon também pediu ação do governo: "Devem ser tomadas medidas contra quem seja responsável pela destruição da mesquita. Este é o resultado da impotência das autoridades em controlar os rabinos radicais e extremistas".

Kadima Otniel Schneller, morador do assentamento Ma'ale Micmás, também condenou os autores do ataque: "não são de ativistas: são terroristas”.

Embora todos concordem que tratou-se de mais uma ação terrorista contra os palestinos nativos da região, o governo israelense continua incentivando e financiando a ocupação de territórios palestinos por colonos judeus estrangeiros, ou seja, continua incentivando e praticando o terrorismo contra os palestinos.

Israelenses incendiam mesquita na Palestina

Colonos israelenses (na maioria estrangeiros) atearam fogo a uma mesquita (igreja muçulmana) nesta segunda-feira na aldeia de Alta Galiléia, na Palestina ocupada.
O atentado terrorista faz parte da campanha criminosa levada a cabo pelo governo israelense para ocupar os territórios palestinos com colonos estrangeiros, na maioria sectários, radicais sionistas, em resposta à decisão da Autoridade Palestina de submeter o reconhecimento do Estado Palestino na ONU, onde conta com o apoio declarado da esmagadora maioria dos países.
Tentando fingir descontentamento com mais um ato terrorista por parte dos israelenses, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que condenava a ação dos colonos israelenses que incendiaram a mesquita, destruindo livros sagrados e pichando as paredes com palavras ofensivas aos árabes. Ataques desse tipo tem sido frequentes,tendo sido realizados recentemente em mesquitas na Cisjordânia.
A líder da oposição, Tzipi Livni, disse hoje que o ato covarde deve ser condenado. "Incendiar mesquitas contradiz os valores de Israel como Estado judeu", disse ela. "Tais incidentes graves nos obriga a realizar um auto-exame nacional." As palavras de Netanyahu e Tzipi não passam de hipocrisia, golpe de mídia para tentar minimizar os efeitos do fato junto à opinião pública mundial, acostumada a assistir quase que diariamente ações desse tipo por parte dos israelenses.

O árabe-israelense Ahmed Tibi MK (Ra'am Ta'al) respondeu furiosamente ao ataque, dizendo: "quem não parar este crescimento canceroso de queimar mesquitas nos territórios ocupados não deve se surpreender se esse tipo de câncer se espalhar também em Israel."

Tibi declarou que o ataque não pode ser considerada parte da política de Estado israelense, mas deve ser encarado como o trabalho de terroristas judeus. Ele disse que osautores do ataque devem ser levados à justiça: "Devemos manter nosso repúdio a mais este ato terrorista por um lado, e por outro lado, reconstruir a mesquita o mais rápido possível."

Meretz Zehava Galon também pediu ação do governo: "Devem ser tomadas medidas contra quem seja responsável pela destruição da mesquita. Este é o resultado da impotência das autoridades em controlar os rabinos radicais e extremistas".

Kadima Otniel Schneller, morador do assentamento Ma'ale Micmás, também condenou os autores do ataque: "não são de ativistas: são terroristas”.
Embora todos concordem que tratou-se de mais uma ação terrorista contra os palestinos nativos da região, o governo israelense continua incentivando e financiando a ocupação de territórios palestinos por colonos judeus estrangeiros, ou seja, continua incentivando e praticando o terrorismo contra os palestinos.

domingo, 2 de outubro de 2011

Cobaias humanas: Israel testa suas novas armas em crianças palestinas


Médicos denunciam que Israel testa suas novas armas na população da Faixa de Gaza, provocando mutilações, queimaduras e ferimentos

O garoto de 13 anos joga futebol com os amigos na tarde ensolarada. De repente, aviões israelenses surgem no céu. Os meninos não têm tempo nem de correr: um míssil cai sobre eles.

A ambulância chega rapidamente e os leva ao hospital Al-Shifa, o maior da Cidade de Gaza, a capital da Faixa de Gaza. Alguns dos garotos estão inconscientes. Outros estão mortos.

Dias depois, o médico Ayman Al Sahbani, diretor do departamento de emergências do hospital, mostra o menino de 13 anos na cama de um cubículo cheio de aparelhos médicos. Vários pontos do corpo, todo coberto por faixas brancas, estão plugados nos aparelhos (foto abaixo). Uma perna apoia-se numa espécie de mesinha de ferro. Os braços estendem-se ao lado do corpo. Só os braços. As mãos foram perdidas no ataque israelense.

“Quando o pessoal do socorro o trouxe, pensei que ele estivesse morto. Então o ouvi gritar: ‘Ai, mamãe!’. Levei-o de imediato para a sala de cirurgia e o operei. Várias vezes. Já faz cinco dias, e ele continua vivo. Tem queimaduras terríveis e estilhaços de metal por todo o corpo. Será que vai poder jogar futebol de novo? Não tenho ideia.”

Ninguém sabe quem é o garoto. E essa é uma situação comum nos hospitais. Os feridos chegam, queimados, mutilados, os corpos perfurados por pedaços de metal, e são atendidos por médicos e enfermeiros exaustos, angustiados, tentando fazer com que o pouco material de que dispõem seja suficiente para todos.

Novas armas

Ali, no setor de emergência cheirando a antisséptico, o ruído dos ventiladores mistura-se ao bipe dos monitores e aos passos apressados dos profissionais cuja tarefa é salvar as vidas daqueles que chegam. A identidade dos feridos é o que menos importa nessa hora.

“As vítimas, em sua maior parte, são mulheres e crianças”, explica o médico Al Sahbani. “Vítimas civis”, ressalta. “Chegam aos pedaços, alguns queimados de tal modo que se tornam irreconhecíveis. Há 20 crianças aqui, com ferimentos que nunca vi, nem na Operação Chumbo Fundido, quando observei pela primeira vez as queimaduras provocadas pelo fósforo branco. As armas de agora são piores, causam lesões terríveis, despedaçam pés, pernas, mãos, enchem os corpos com centenas de pequenas peças de metal.”

Operação Chumbo Fundido foi o nome dado aos ataques israelenses contra a Faixa de Gaza entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, que causaram cerca de 1.500 mortes, em sua grande maioria, de civis.

Al Sahbani continua, depois de uma pausa: “Meu filho de 11 anos me pergunta por que isso acontece, por que Israel nos ataca assim. O que posso responder a ele?”.

Uma das respostas possíveis seria cruel demais para uma criança: Israel está testando, mais uma vez, suas novas armas em alvos vivos. Em seres humanos que há mais de 60 anos vivem sob ocupação israelense, e que antes disso sofreram massacres e expulsões, e viram suas casas e cidades serem destruídas ou tomadas por grupos paramilitares sionistas.

Como lembrou o diretor do departamento de emergências do hospital Al-Shifa, não é a primeira vez que essas substâncias são experimentadas na população de Gaza. Israel admitiu o uso do fósforo branco em 2006 e em 2008- 2009, na Operação Chumbo Fundido. O que os sionistas não contaram, porém, foi a adição de metais tóxicos ao fósforo branco.

Metais cancerígenos

Mas o New Weapons Committee (NWRG), grupo de pesquisadores, acadêmicos e profissionais de mídia que estuda os efeitos das novas tecnologias de guerra, descobriu e divulgou. Embora a mídia corporativa não tenha dito uma única palavra sobre isso, o relatório do NWRG foi publicado em maio de 2010 e está à disposição de quem quiser consultá-lo:www.newweapons.org/files/20100511pressrelease_eng.pdf.

Autora: Baby Siqueira Abrão
Publicado no Jornal Brasil de Fato