terça-feira, 4 de outubro de 2011

Israelenses incendiam mesquita na Palestina

Colonos israelenses (na maioria estrangeiros) atearam fogo a uma mesquita (igreja muçulmana) nesta segunda-feira na aldeia de Alta Galiléia, na Palestina ocupada.
O atentado terrorista faz parte da campanha criminosa levada a cabo pelo governo israelense para ocupar os territórios palestinos com colonos estrangeiros, na maioria sectários, radicais sionistas, em resposta à decisão da Autoridade Palestina de submeter o reconhecimento do Estado Palestino na ONU, onde conta com o apoio declarado da esmagadora maioria dos países.
Tentando fingir descontentamento com mais um ato terrorista por parte dos israelenses, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que condenava a ação dos colonos israelenses que incendiaram a mesquita, destruindo livros sagrados e pichando as paredes com palavras ofensivas aos árabes. Ataques desse tipo tem sido frequentes,tendo sido realizados recentemente em mesquitas na Cisjordânia.
A líder da oposição, Tzipi Livni, disse hoje que o ato covarde deve ser condenado. "Incendiar mesquitas contradiz os valores de Israel como Estado judeu", disse ela. "Tais incidentes graves nos obriga a realizar um auto-exame nacional." As palavras de Netanyahu e Tzipi não passam de hipocrisia, golpe de mídia para tentar minimizar os efeitos do fato junto à opinião pública mundial, acostumada a assistir quase que diariamente ações desse tipo por parte dos israelenses.

O árabe-israelense Ahmed Tibi MK (Ra'am Ta'al) respondeu furiosamente ao ataque, dizendo: "quem não parar este crescimento canceroso de queimar mesquitas nos territórios ocupados não deve se surpreender se esse tipo de câncer se espalhar também em Israel."

Tibi declarou que o ataque não pode ser considerada parte da política de Estado israelense, mas deve ser encarado como o trabalho de terroristas judeus. Ele disse que osautores do ataque devem ser levados à justiça: "Devemos manter nosso repúdio a mais este ato terrorista por um lado, e por outro lado, reconstruir a mesquita o mais rápido possível."

Meretz Zehava Galon também pediu ação do governo: "Devem ser tomadas medidas contra quem seja responsável pela destruição da mesquita. Este é o resultado da impotência das autoridades em controlar os rabinos radicais e extremistas".

Kadima Otniel Schneller, morador do assentamento Ma'ale Micmás, também condenou os autores do ataque: "não são de ativistas: são terroristas”.
Embora todos concordem que tratou-se de mais uma ação terrorista contra os palestinos nativos da região, o governo israelense continua incentivando e financiando a ocupação de territórios palestinos por colonos judeus estrangeiros, ou seja, continua incentivando e praticando o terrorismo contra os palestinos.

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